"O esturjão-comum é precioso, por vários motivos: em termos evolutivos, por existir há mais de 100 milhões de anos; em termos de conservação, por restarem poucas populações viáveis; e em termos gastronómicos, pelo caviar que dele provém."
Maria João Correia
Os primeiros registos fósseis do esturjão, Acipenser sturio, datam de há cerca de cem a duzentos milhões de anos atrás, tornando-os entre as espécies mais antigas de peixes actinopterígios*. Desde esse tempo, estes peixes sofreram muito poucas alterações morfológicas, indicando que a sua evolução tem sido excepcionalmente lenta e isto dá-lhes o estatuto informal de "fósseis vivos". Diversas espécies de esturjão são pescadas pelas suas ovas, através das quais se obtém o tão apreciado caviar, um bem de luxo que faz deste o mais valioso de todos os peixes capturados.
Este é um peixe de grandes dimensões, que pode atingir cerca de 3,5 metros e pesar qualquer coisa como 300 kg. Ambos os sexos atingem a maturidade sexual muito tarde, podendo viver até 100 anos.
O esturjão é uma espécie anádroma, ou seja, migra do mar para os rios, e reproduz-se em zonas de corrente rápida.
O esturjão é uma espécie anádroma, ou seja, migra do mar para os rios, e reproduz-se em zonas de corrente rápida.
Esta espécie está praticamente extinta e as suas causas principais são a construção de barragens, a alteração dos caudais, a poluição e o esgotamento dos stocks devido a sobrepesca.
Desde 1982, que o esturjão é uma espécie protegida em todo o território da União Europeia, constando no Anexo II da Convenção de Berna.
Curiosidade:
O caviar é feito de ovas salgadas de ESTURJÃO. Elas precisam de ser retiradas do peixe ainda vivo num prazo máximo de 15 minutos para depois serem peneiradas, lavadas e secas.
Depois de ter caído por décadas em esquecimento, diz-se que o caviar foi introduzido pelo Zar Nikolay, na aristocracia Parisiense, aos finais do século XIX e no Irã devido a assuntos religiosos, a sua produção não chegou a formalizar-se até ao ano de 1952, ano em que fundou a sociedade estatal iraniana de Shilat, que continua sendo a única empresa que controla a pesca e posteriormente a sua comercialização.
*Classe de peixes com esqueleto ósseo propriamente dito.
Que horror! Esse peixe coitadinho é aberto ainda vivo para os ricos poderem ter caviar à mesa ?! Que otarias que as pessoas são :( Além disso está em extinção, claro que se capturam os peixes com os ovos há logo menos reprodução... Consciência! É algo que falta a muito boa gente!
ResponderEliminarAdorei o post minha linda! Cada vez que venho aqui aprendo coisinhas novas :D Beijinhos
na barragem de campinhas nao há peixe deste! para que lados é que ainda há disto?
ResponderEliminarActualmente ainda poderá ser encontrado algures na bacia do rio Gironde (França), e nas bacias do Douro, Guadiana e Guadalquivir (Espanha). Também habita a região da bacia de Rioní (Mar Negro), Alemanha, e Geórgia.
ResponderEliminarmeu que peixe ggp;grande grande poxa vida que grande
ResponderEliminarexiste aqui no brasil algun criador de esturjao? qual o estado que suportaria um criadouro desse peixe?
ResponderEliminarNO ESTADO DE SAO PAULO A POSSIBILIDADES DE FAZER UM CRIADOURO DESSE PEIXE?
ResponderEliminarCreio que só há criação de esturjão na Rússia e no Uruguai.
ResponderEliminarRelativamente à possibilidade de fazer criação em São Paulo não sou a melhor pessoa para responder. Não estou dentro do assunto.
ResponderEliminarobrigado marisa
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