terça-feira, 28 de junho de 2011

O que fazer quando encontrar um animal selvagem ferido ou debilitado?

Muitas pessoas encontram animais selvagens fora do seu habitat natural mas não sabem como proceder nem com que entidades contactar.






Se encontrar um animal ferido ou debilitado deverá:


1 – Evitar ao máximo perturbá-lo, minimizando o barulho, tempo de manipulação e o contacto com as pessoas;

2 – Usar uma toalha ou pano para cobrir a cabeça do animal (evita estímulos visuais, acalmando-o) e colocá-lo numa caixa de cartão adequada ao seu tamanho, com pequenos furos para que possa respirar. Ter muita atenção ao focinho e às garras para não ser magoado!

3 – Não manter o animal em sua posse mais tempo do que o estritamente necessário e apenas prestar os  primeiros-socorros se tiver conhecimentos para tal.

4 – Entrar de imediato em contacto com:


SEPNA-GNR:217 503 080  - Email: sepna@gnr.pt -
SOS Ambiente e Território: 808 200 520
CERVAS:962714492
Parque Natural ou Área Protegida mais próxima.



Nunca transporte animais para casa!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

A importância dos animais nos desastres naturais

Porque é que os animais são tão importantes nos desastres naturais??

Alguns acontecimentos fortalecem a teoria de que os animais são dotados de um “sexto sentido”, ou seja, uma relação muito próxima com os segredos da natureza... Os irracionais parecem ter premonição, pois conseguem prever as catástrofes ambientais! Por eles terem os sentidos mais aguçados que os do ser humano, são capazes de captar vibrações e mudanças na pressão do ar e até as ondas que vêm do centro da terra, fugindo depois para encontrarem um local seguro.
De qualquer maneira um facto é certo, os animais sabem o que vai acontecer muito antes de nós. As pesquisas acerca do comportamento animal merecem ser aprimoradas, procurando encontrar uma fórmula de permitir que os animais sirvam futuramente como um sistema de alerta para os seres humanos frente as grandes manifestações da natureza.
Os cientistas podem detectar sinais que mostram as possibilidades de um terremoto (como as pressões sísmicas, modificações dos campos magnéticos, inclinação do solo, etc.), mas todas estas técnicas não permitem prever com exactidão quando acontecerá uma catástrofe. Na China, um grupo de especialistas em sismologia em Nanning, província de Guangxi, decidiram usar cobras para prever abalos sísmicos. Monitorizam, 24 horas por dia, um conjunto de cobras e os seus ninhos, com o intuito de prever tremores de terra. Eles acreditam que as cobras podem sentir a libertação de energia que dá origem aos tremores de terra cerca de 120 horas antes de os sismógrafos os registarem e de os humanos sentirem o chão a tremer debaixo dos pés. As cobras são, segundo os pesquisadores, os animais que mais rápido dão sinal de movimentos na crosta terrestre, embora acreditem que todos os répteis têm capacidade de sentir estas alterações. Nas horas que antecedem um abalo, o comportamento das cobras é errático e agressivo, chegando a atirar-se repetidamente contra as paredes ou vidros dos espaços onde estão confinadas.
O histórico de catástrofes ambientais anunciadas pelos animais é muito antigo. Oficialmente o interesse pelo tema iniciou em 1975 quando os funcionários da cidade chinesa de Haicheng foram surpreendidos pelo comportamento anormal dos animais e resolveram evacuar a cidade de 90 mil habitantes. Pouco depois um terremoto de escala 7.3 atingiu a cidade destruindo 90% dos edifícios.
Existem muitos relatos de testemunhas que viram aves e animais migrando antes de terremotos, maremotos e erupções vulcânicas.
O veterinário PhD Robert Eckstein, estudioso do comportamento animal no departamento de biologia da Warren Wilson College, em Asheville, Estados Unidos, afirma: "Eles sentem aspectos do mundo real que nós não temos conhecimento."
Por: Vininha F. Carvalho

Os animais são sem dúvida sensitivos naturais!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Abetarda, a desconfiada!

Uma das espécies mais emblemáticas do Alentejo, a abetarda é a mais pesada das aves europeias, mas também uma das mais difíceis de observar.


A Otis tarda é uma ave muito grande, chegando os machos a pesar 16 kg. As fêmeas são um pouco mais pequenas, sendo a diferença visível quando estão perto dos machos. A plumagem é castanha e o pescoço esbranquiçado. Devido ao seu comportamento muito arisco, as abetardas raramente se deixam ver a pequena distância, pelo que estes aspectos nem sempre são fáceis de observar.



Esta é uma ave muito pouco comum e com uma distribuição muito localizada, a abetarda muito difícil de encontrar fora dos seus locais habituais de ocorrência. A espécie conta hoje em Portugal com uma população de cerca de 1000 indivíduos (metade dos quais se encontram nas planícies de Castro Verde). Frequenta sobretudo grandes extensões abertas e dificilmente tolera aproximações de pessoas a menos de 1 km. Embora a espécie seja sobretudo residente, é habitual haver alguma dispersão de indivíduos nos meses de Verão, havendo então observações esporádicas de abetardas noutras regiões do país.



Ameaças

Intensificação da agricultura, florestação das terras agrícolas, expansão de cultivos lenhosos, construção de estradas, albufeiras, outras infraestruturas, ceifa e a lavoura de pousios, abandono agrícola e do pastoreio extensivo, sobrepastoreio, utilização de agro-químicos, colisão com linhas aéreas de transporte de energia, expansão urbano-turística, perturbação provocada pelas actividades humanas e predadores de ovos e crias.




Objectivos de Conservação
- Manter ou melhorar as áreas de reprodução e alimentação. 
- Recuperar os efectivos da população nas suas áreas de distribuição. 
- Aumentar a população de Abetardas em algumas ZPEs para os efectivos existentes há 20 anos. 


Onde observar?
É nas planícies alentejanas que é mais fácil observar esta espécie. No Inverno formam-se bandos que podem reunir muitas dezenas de indivíduos.

- Beira interior: A abetarda é rara para norte do Tejo, sendo a campina de Idanha o melhor local da região para observar esta espécie.

- Lisboa e Vale do Tejo: Rara e irregular, não nidifica nesta zona; por vezes observa-se no estuário do Tejo (em especial na Ponta da Erva) durante os meses de Verão. 



- Alentejo: A região de Castro Verde reúne a maior concentração de abetardas do país e é o melhor local do território nacional para observar esta espécie; outros locais favoráveis para ver abetardas situam-se nas zonas de Cuba, Mourão, Elvas, Évora e Alter do Chãos.

 Fonte: Aves de portugal; ICNB.