O Pelicano Branco, Pelecanus onocrotalus, é a espécie mais comum de pelicanos que se distribui pelo sudeste da Europa e Ásia.
Esta é uma grande ave aquática, medindo cerca de 1,6 metros de comprimento e 2,8 metros de envergadura e com uma massa de 10 kg. O pelicano tem as pontas das asas pretas e um bico enorme, de mais de 35 cm de comprimento, terminando em ponta. Em terra, esta espécie é desajeitada, mas nada e voa bastante bem. O pelicano é uma ave migratória que vive bem na água doce ou salgada.
Os pelicanos têm uma técnica bastante interessante para pescarem… Tentam empurrar pequenos peixes para águas mais rasas e ali, usando o bico como uma colher, eles podem pescar quase dois quilos de peixe.
Nos desenhos animados, os pelicanos são mostrados carregando toda a espécie de objectos nos seus bicos, como carteiras, ferramentas e brinquedos. Mas a “bolsa” formada pela pele extensível sob o bico tem como objectivo apanhar peixes de variadas dimensões, servindo assim de “rede de pesca” quando o pelicano mergulha atrás de um cardume. Mas, de vez em quando, ela serve como “transporte" de peixes de um lugar para o outro. Outra utilidade da bolsa é oferecer alimento às crias de uma forma mais fácil. Esta “bolsa” tem normalmente três vezes mais capacidade que o seu próprio estômago.
Quanto à reprodução, a fêmea põe de um ou três ovos e os progenitores revezam-se na incubação durante cerca de 30 dias. Quando nascem, as crias são cobertas de penas brancas e podem nadar depois de um mês e voar com dois meses e meio.
Os seus hábitos alimentares são baseados em peixes, tais como carpas, tainhas e tilápias. Os peixes grandes podem compor cerca de 90% da sua dieta, no entanto, também podem sobreviver alimentando-se de uma grande quantidade de peixes pequenos.
Muitos os confundem com os patos e gansos, pensando que são aparentados. Na dúvida, olhe para os seus pés. Os pelicanos têm quatro dedos unidos pela membrana interdigital, enquanto os patos e demais anseriformes têm apenas três.
Como se alimentam de peixes, os pelicanos foram algumas das aves que sentiram primeiro a intoxicação dos inseticidas organoclorados, que foram muito usados no século XX. Os inseticidas iam para as águas e ali acumulavam-se através da cadeia alimentar, e os peixes tinham grandes quantidades deles quando eram ingeridos pelos pelicanos.
Programas de conservação a eles e a outras aves foram criados quando se percebeu que elas eram sensíveis a contaminações por inseticidas organoclorados como o DDT e o BHC, e aquilo que era usado para controlar as pragas no campo também estava matando os seus predadores.
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